sexta-feira, 7 de outubro de 2011

R.I.P. Dylan (2008 - 2011)



Adeus Dylan, meu filhote e melhor amigo. Só posso agradecer por tudo que passamos juntos nesses três anos:

Por todas as vezes que você me viu chorar e veio deitar na minha barriga pra me confortar e também as outras vezes em que desceu do meu colo por eu gargalhar demais. Por todas as vezes que me deixava preocupado quando saia passear e demorava pra voltar. Pelas horas e horas a fio que passávamos nos olhando olho no olho sem falar nada, mas conversando como nunca conversei com ninguém.

Por ser o melhor despertador do mundo quando estava com fome. Por me entender como nenhum ser humano jamais conseguiu entender. Por todas as vezes que eu brigava com todo mundo e você estava lá pra esfregar a cabeça na minha mão e me mostrar que eu não sou tão ruim assim.

Pelos verões que passamos os dois derretendo deitados no chão. Pelas noites frias de inverno em que tremíamos juntos. Por ficar ainda mais emburrado do que eu quando chovia e não podíamos sair pra rua. Por agüentar todo o barulho que sempre te obriguei a ouvir.

Por agüentar meus amigos bêbados querendo te apertar. Por ter muita personalidade em ignorar tais bêbados. Por ter mais personalidade ainda quando te chamavam de orgulhoso e continuavas fazendo só o que te dava vontade. Por ter os olhos mais sinceros que já vi na vida. Por se adaptar tão bem a todas as reviravoltas que tivemos nesses últimos anos.

Por conseguir viver tão perto de mim, por tanto tempo e não enlouquecer ou me odiar. Por me recepcionar tão alegremente quando eu chegava em casa mesmo tendo te deixado tanto tempo sozinho. Por ter agüentado ficar tanto tempo sozinho. Por ter sempre dormido comigo e fazer minha cama não parecer tão grande. Por sempre saber quando eu me sentia sozinho e subir no meu colo pra preencher o espaço vazio.

Só posso te prometer continuar do jeito que sei que continuarias se fosse ao contrario. Agora bem mais solitário, mas sabendo o significado da palavra lealdade.

Adeus Dylinho, meu filho.