segunda-feira, 20 de fevereiro de 2012

Cartas a Trépia - 02


Caxias do sul, terça-feira - 31/1/12, 22:05

Cheguei aqui em Caxias agora a pouco. Meu bus encostou na rodoviária umas 19 e pouca e
com toda a cara de pau que me é peculiar fui jantar no restaurante do hotel. Mesmo após ter sumido por duas semanas.
Mas foi por um bom motivo. Esse findi teve em Poa o Fórum social temático, ficou sabendo?
Nas vésperas do negócio cancelaram tudo que eu queria ver: Fito Paez, Manu Chão, Nação Zumbi e Gogol Bordello.
Teve durante a semana Nando Reis e também Gilberto Gil (que mais uma vez perdi) mas ficava muito ruim de eu ir porque era no meio da semana.
Teve sexta em São Léo, Autoramas e B. Negão mas como deu tudo errado na minha volta sexta, fiquei mordido e não fui.

Estava no bus ainda sexta quando o P. me ligou, perguntando se eu iria fazer alguma coisa na sexta.
Só cheguei em casa e nem saí mas fiquei de ligar pra ele no sábado. Decido passar na casa dele pra irmos juntos ao fórum.
Caminho esse que muito fiz em 2010. Esse até agora ta sendo o ano de repetir meus caminhos.
Conversamos sobre tudo e todos e principalmente sobre a relação dele com as drogas.

O show de encerramento do fórum que depois dee cancelarem o Gogol Bordello, passou a ser Racionais Mc’s tava marcado para as 23:00 hrs,
chegamos lá pouco antes disso. Encontramos pouquíssimos amigos e o número de “roqueiros” depois que a ultima banda antes do Racionais
acabou caiu quase a zero. Éramos os únicos pontinhos brancos lá no meio hsauhsauhsuahsu.
O show foi mega tenso, teve arrastão e tudo mais, bom pra caralho! Acho que foi a primeira vez que vi um show de rap de verdade, uma aula de atitude.
Depois como estávamos muito pilhados pra só voltar pra casa decidimos ir pra CB.
Tudo fechado, tinha esquecido da maldita lei que fecha os bares mais cedo. Acabamos por terminar no Bambu’s conversando sobre tudo e todos, de novo.

Na volta, na parada do Jack sobem no bus o S., o G. (não sei se tu conhece) e a noivinha tentação dele.
O G. já conheço a bastante tempo mas a noiva dele conheci no réveillon/despedida lá da refazenda.
Tentação porque além de ela ser exatamente o meu tipo de mulher e termos nos entendido muito bem. Ela se vaza pra mim direto.
Ela também lembra muito alguém do meu passado...
Voltando a cena do bus: G. sem a menor cerimônia vem e me pergunta “Tu é compositor né?”.
Fico meio sem jeito em dizer que sim. Faço música mas não me acho compositor.
Mesmo meu sim meio torto é o suficiente pra ele e a noiva abrirem o coração e quase implorarem minha ajuda.
Disseram que tem um monte de coisas escritas mas não sabem como trabalhar elas. Fiquei de ir visitá-los pra tomar uma ceva e ver se rola alguma coisa.
Apesar de não me ver compartilhando tão de barbada as coisas que faço. Tenho um universo todo próprio quando escrevo, seria ótimo dividir com alguém.
Mas não sei não...

No sábado ainda fico sabendo que domingo de tarde teria uns shows em cachoeirinha domingo a tarde.
Como estão em obras lá em casa decido ir mesmo com o sol todo que fazia naquela tarde. Passei uma tarde bem agradável com a Irp.
Tanto que ela veio me dizer isso no MSN segunda. Abriu minha janela e mandou do nada
“Ontem me esqueci de falar, acho que tava muito bêbada. Mas adoro tua companhia, me faz tão bem” além desse nosso contato
foi a coisa mais inesperadamente fofa que me aconteceu nos últimos tempos.

Segunda passei o dia em função do show da Karina Buhr no opinião. (Que é o que estou ouvindo enquanto escrevo)
Desde que conheci o som dela, em 2010, espero pra assisti-la ao vivo. Ela tem só os 2 melhores guitarristas do país tocando com ela:
Edgar Scandurra (ex-Ira!) e Fernando Catatau (o Cidadão Instigado) por aí já dá pra tirar uma base.
Ela é uma baiana que se criou em recife sob a influência de toda aquela cena de lá. Aula de performance, verdade e energia. Recomendo muito o som dela!

Karina que me deu a resposta pra agir com os “músicos” caso eles resolvam me chamar pra banda.
Não vou tentar entrar no perfeccionismo sem tesão deles, vou ser eu mesmo e ver no que pode dar.



Beijos e obrigado por existir.
Rebel